Uma delegação europeia com representantes de dez organizações públicas e privadas da Dinamarca, França, Espanha, Portugal, Suíça e Suécia, está no Rio a convite da Prefeitura e União Europeia para uma agenda intensa focada na troca de experiências para novos projetos de economia circular na cidade. Interessados em desenvolver parcerias com o município, os visitantes estão participando de diferentes programações para apresentar soluções sustentáveis que deram certo no continente europeu, e também estão conhecendo de perto algumas das ações de reciclagem que já estão sendo desenvolvidas em solo carioca.
A primeira parada foi na orla do Leblon para entender como funciona o sistema de coleta do Recicla Orla que atualmente conta com 56 pontos para recebimento de materiais recicláveis na orla da Zona Sul, do Mirante do Leblon ao final da praia do Leme.
Segundo a Orla Rio, nos Pontos de Entrega Voluntária (PEV) são recolhidos mensalmente mais de cem toneladas de resíduos provenientes do plástico, papelão, papel, alumínio e vidro. Só em outubro foram retiradas das praias 149 toneladas desses materiais.
A delegação também conheceu o Centro de Apoio à Reciclagem, em Copacabana, para tratamento dos resíduos retirados das praias do Rio. O volume total dos materiais coletados é reciclado no Centro e parte deles transformada em produtos que são devolvidos às areias cariocas, como os próprios contêineres de coleta, confeccionados em madeira plástica, obtida a partir da reciclagem de resíduos, ou as coloridas raquetes de frescobol produzidas com plásticos de uso único.
Após passagem pelas praias, Maracanã e outros pontos turísticos da cidade, os visitantes seguiram para um evento de troca de experiências promovido pelo programa Plásticos Circulares nas Américas (CPAP). Na ocasião, a Prefeitura do Rio anunciou a criação do Comitê Plástico Circular Rio, que vai integrar ações sociais e urbano ambientais, de acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentável Ação Climática do Município.
— É muito importante conhecermos o que está sendo desenvolvido em uma cidade com grande potencial turístico como o Rio de Janeiro. Identificamos aqui que a educação de moradores e visitantes é um ponto fundamental, assim como o desenvolvimento de novas tecnologias para o avanço da cadeia sustentável, que nao é linear, é uma cadeia cíclica e essa narrativa tem que estar muito presente no dia dia das pessoas, destacou a pesquisadora portuguesa Luísa Magalhães — integrante da delegação europeia.
Fonte: O Globo
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