Governança protetiva: motivos e dicas para começar já!

16-06-2023 | Blog

A governança protetiva é um conceito que se refere à capacidade de uma empresa de se proteger de riscos internos e externos, garantindo a sua sustentabilidade e perenidade. Envolve a adoção de boas práticas de gestão, qualidade, controle, compliance, transparência e responsabilidades social e ambiental.

Por tudo isso, a governança protetiva consolidou-se como um diferencial competitivo para as organizações que querem se destacar no mercado atual. Listamos abaixo alguns dos benefícios de implementá-la em sua empresa:

  • Redução de riscos: a governança protetiva ajuda a prevenir e minimizar os riscos que podem afetar a reputação, a imagem, a operação e o resultado da organização, tais como fraudes, corrupção, desvios, conflitos de interesse, acidentes, danos ambientais e sociais, entre outros. Com isso, a empresa atua na mitigação de prejuízos financeiros, legais, morais e da marca como um todo.
  • Aumento da confiança: contribui para aumentar a confiança dos acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores, parceiros, órgãos reguladores e da sociedade em geral. Ao demonstrar que a empresa segue padrões éticos e legais de conduta e que tem mecanismos eficientes de monitoramento e prestação de contas, sua credibilidade e reputação no mercado são fortalecidas.
  • Melhoria de desempenho: na medida em que estimula a eficiência, a qualidade, a inovação e a competitividade, a governança protetiva favorece a melhoria do desempenho da empresa. Adotando uma gestão mais profissionalizada, participativa e alinhada aos seus objetivos estratégicos, a organização tende a gerar mais valor para os acionistas e para a sociedade, incrementando a sua produtividade e a qualidade do que oferece.
  • Atração de talentos: a governança protetiva também ajuda a atrair e reter os melhores talentos para a empresa, pois cria um ambiente de trabalho mais ético, seguro, saudável, motivador e atraente, valorizando os seus colaboradores e oferecendo oportunidades de crescimento e de desenvolvimento.
  • Contribuição social: ao respeitar os direitos humanos, preservar os recursos naturais, apoiar causas sociais e incentivar a adoção de práticas sustentáveis e responsáveis, a empresa gera um impacto positivo na sociedade, contribuindo para o desenvolvimento social e ambiental da comunidade onde atua.

Ficou interessado e quer saber por onde começar a aplicar a governança protetiva na sua empresa? Separamos três dicas simples para dar o pontapé inicial! Lembrando que um erro muito comum nas empresas que estão começando a adotar a governança é tentar implantar todos os conceitos e melhores práticas de uma só vez. Vale a pena iniciar com pequenos passos que são básicos e fundamentais:

1 – Estabelecer uma hierarquia clara

Cada pessoa na empresa deve saber exatamente a quem responder. Se um funcionário exerce mais de um tipo de função em times distintos, a liderança direta deve estar clara em cada um deles: as pessoas precisam saber a quem se reportar, para que possam alinhar suas atividades e definir prioridades.

Além disso, alguém deve receber a responsabilidade da decisão final, em uma situação de impasse (geralmente o presidente ou gestor equivalente). No caso de uma diretoria com igualdade de papéis, esse cargo de “presidente” pode ser rotativo.

2 – Formar um Conselho Consultivo

A formação de um Conselho Consultivo facilita o compartilhamento de experiências e de sugestões para a gestão da empresa, reunindo profissionais com maior bagagem e perfis distintos, que já passaram por desafios que podem auxiliar na tomada de decisões.

Um Conselho Consultivo geralmente é composto por três a cinco pessoas de confiança, capazes e dispostas a se reunir algumas vezes por ano para debater os temas mais diversos, sempre voltados para o aumento da eficiência, da inovação e da relevância da empresa no mercado. A periodicidade da reunião deve ser definida no código de governança da organização.

3 – Realizar reuniões de acompanhamento de projetos e manter registros

Outra medida imprescindível para estimular a governança protetiva em sua empresa é a realização de reuniões periódicas entre equipes e entre sócios (além do Conselho Consultivo). 

Nessas reuniões devem ser acompanhados os projetos em andamento, informadas eventuais novas diretrizes da empresa e elaborados planos de ação referentes a metas e indicadores. Essa é uma forma de manter um controle administrativo mais eficiente e de acompanhar o progresso da empresa.

É altamente recomendável manter os registros das reuniões, organizados em atas. 

Com esses três passos iniciais, sua empresa começará a colocar em prática a governança protetiva, abrindo caminho para colher todos os benefícios citados neste artigo e para o estabelecimento de um processo contínuo de construção de valor, que é ainda mais relevante para a sua consolidação no mercado.

 

Gabriel Garcia é graduando em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Fez intercâmbio na Oslo Business School, na Noruega, e atualmente exerce a função de Gestor Administrativo na AZ Gestão Empresarial.

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